Posts Tagged ‘Insônia’

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Deu tudo errado, mas tá tudo certo…

13/04/2011

É, amigos, hoje, mais do que nunca, eu tenho certeza que “planos são só planos, nada mais”.

Quinta passada, justamente na hora de dormir, deitada em minha caminha, surtei. Comecei a lembrar das coisas que eu tinha para fazer e que o prazo estava se esgotando. Eu tinha que ir no colégio que terminei o ensino médio pegar a cópia do D.O.U. com a publicação da minha formatura, na faculdade colar grau e em outra faculdade me inscrever em uma pós. Desesperada com tudo isso e sem conseguir dormir, levantei da cama, liguei o pc e comecei loucamente e copiar documentos para poder fazer tudo que eu precisava na primeira hora de sexta.

Depois disso consegui dormir e acordei na sexta bem cedinho. Parti pro C.E. Brigadeiro Schorcht e, quando cheguei lá, descobri que que o D.O.U. com a publicação da minha formatura havia sido roubado. Mas só o que eu precisava, tá? Todos os outros estavam lá. Sendo assim, teria que rumar pra Assembléia Legislativa pra pegar a cópia do documento. Bom, mudei meus planos e fui pro centro. Ok, tudo certo. Com a cópia em mãos, agora eu deveria partir para o Fundão e colar o grau.

Fui pro Fundão e, chegando lá, descobri que a Secretaria Acadêmica, às sextas-feiras, não possui atendimento ao público, apenas funciona em trabalho interno (AHAM!). Todos os meus planos foram por água abaixo, pois sem concluir essa etapa, não poderia partir para a seguinte. Só me restava voltar pra casa.

Fiquei uns 40 minutos esperando o ônibus e voltei em pé para casa. Mas depois de tanta coisa dar errado, bateu aquela sensação de que não poderia ser diferente e eu me conformei, não consegui nem me lamentar, nem me irritar. Quando cheguei em casa, prometi no twitter compartilhar o dia com vocês, mas eu estava tão cansada que apaguei. Depois tive um milhão de coisas para fazer e também não tive tempo.

Felizmente na segunda-feira consegui resolver todos os problemas. É claro que não foi tudo simples e natural. Vários problemas surgiram ao longo do dia, mas todos foram contornados. E hoje, mais tranqüila e feliz, conto minha historinha para vocês.

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Mãozinha divina

17/01/2011


Estou passando por um momento em que preciso de uma grande superação pessoal e pensar nisso – considerando a hipótese do sucesso e do fracasso – está me tirando o sono. E, no silêncio e escuro do quarto, de repente, me peguei pedindo a Deus pra me dar uma forcinha. Imediatamente, porém, minha consciência me acusou, disse que eu era muito interesseira, alegando que no dia-a-dia não fico me lembrando de Deus o tempo todo, que na maioria do tempo eu sou muito auto-suficiente. Parei a minha oração no mesmo instante, dando razão a ela, em nome da minha busca pela coerência.

Tendo desistido da oração, passei a considerar a outra possibilidade: a de pensar em Deus o tempo todo e pedir que ele me ajude em tudo. Minha oração pela manhã seria mais ou menos assim:

“Deus todo-poderoso, etc etc etc, me ajude hoje a fazer tudo! Que meu prédio não desabe e que ninguém jogue uma pedra na minha janela de vidro para que eu não me machuque! Que quando eu cozinhe, não deixe queimar nenhum prato! Que eu não engasgue em nenhuma refeição! Que não chova granizo quando eu for na padaria! Etc etc etc.”

Percebi que eu teria que abrir mão de todas as minhas certezas, ou seja, deveria considerar a possibilidade do prédio desabar, de chover granizo aqui e agora e muitas outras coisas absolutamente inesperadas acontecerem a qualquer momento. Deveria, também, desconsiderar que Deus me deu condições de mastigar a comida, por exemplo. Viver sob a tutela de um Deus que me deixa absolutamente insegura quanto às minhas capacidades e que pode cometer loucuras a qualquer momento não me animou nem um pouco.

Decidi, então, dividir as tarefas: o que eu puder fazer, eu faço; o que não, ou desisto, ou, se for muito importante, peço uma forcinha ao Todo Poderoso. Não vou ficar importunando a Deus pedindo pra não queimar o arroz, Ele tem coisas muito mais sérias pra fazer. Vou viver a minha vida de forma digna e honesta, fazendo o bem e tentando contagiar aos que me cercam com este espírito, amando as pessoas e compreendendo as diferenças. Acho que isso é ser cristã. Agindo assim, tenho certeza que Ele não vai me negar uma mãozinha quando eu precisar.

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Carneirinhos e bolinhas de sabão

02/12/2010

Minha cabeça* fervilha. O tempo todo. Estou querendo dizer que sou uma pessoa extremamente estressada e ansiosa. Sei que isso não é algo positivo, mas é inevitável. Ok, talvez eu pudesse evitar tudo isso com a ajuda de alguns psicotrópicos, mas, por enquanto, opto por tentar uma convivência minimamente pacífica e harmônica com o estresse e a ansiedade.

O fato é que o meu objetivo é alcançado diariamente parcialmente. Enquanto o sol brilha, consigo ignorar – na maioria das vezes – esses fantasminhas; mas à noite, particularmente na hora de dormir, o bicho pega: os fantasminhas me assombram enlouquecidamente. Penso em tudo que fiz, deixei de fazer, poderia ter feito, tenho que fazer, provavelmente não farei. Lembro do que me disseram, penso no que poderiam ter dito, imagino o que me dirão. E o mais grave: fico tentando adivinhar o porquê de tudo isso.

Imaginou? Essa loucura toda acontece na minha cabeça justamente na hora em que ela deveria parar de funcionar e apagar. Quando me dou conta disso, fico desesperada por que eu quero dormir, afinal de contas, coloquei o pijaminha, deitei na cama, liguei o condicionador de ar e apaguei a luz para isso. E eu não consigo fazer isso. Surtante.

Diante de tais circunstâncias, ao longo dos anos tentei desenvolver algumas técnicas para aplacar a fúria fora de hora da minha mente. Vou contar pra vocês as duas coisas que mais deram certo até hoje. Mas, por favor, que fique entre nós porque é ridículo e eu tenho vergonha.

a) Contar carneirinhos: Sei que esta técnica é antiga, todos nós que víamos desenhos animados durante as décadas de oitenta e noventa a conhecemos. Entretanto a minha contagem de carneirinhos é diferente, não é aquela monótona cena de carneirinhos todos iguais pulando a cerquinha. Não! Meus carneirinhos – de todas as cores e tipos físicos – passam por poucas e boas para conseguir atravessar a cerca. Uns precisam de banquinhos porque são baixinhos; alguns vêm pensando que são OS atletas e dão de cara na cerca; uns – espertinhos – passam se arrastando por baixo da cerca; os obesos – coitados! – sofrem para atravessar o obstáculo… Esta técnica, a princípio ultrapassada e monótona, com um pouco de criatividade, pode ser um excelente sonífero!

b) Bolinhas de sabão: Tem coisa mais bonita que bola de sabão? Eu acho lindo. Fico imaginando bolinhas de sabão ao ar. Mas não é simples assim, preciso imaginar o cenário do espetáculo, que é mais ou menos assim: um belo céu azul – com algumas nuvens que servem apenas para destacar o seu tom anil – com um belo e vívido flutuante arco-íris. Se ampliarmos a visão, podemos ver sob o céu colinas com pastos verdes e algumas vaquinhas holandesas. Ampliando mais, vemos um belo parque com um lago, onde nadam lindos patinhos. Ao redor do lago, pessoas felizes, algumas delas fazendo piquenique com toalha xadrez vermelha e branca. Crianças, correm, pulam corda; um menino brinca com seu cachorrinho, joga a bolinha e ele a traz de volta. Mas tudo isso só serve para ambientá-lo: um menino solitário, sentado num pequeno tronco de árvore caído, sopra bolinhas de sabão que se perderão no infinito. Esta técnica é uma criação minha e é ainda mais eficaz que a anterior, modéstia aparte.

Amigos, estas técnicas, se bem empregadas, funcionam, acreditem nisso! Quando vocês tiverem insônia provocada por crise de ansiedade, lembrem-se dessas imagens e tenham um encontro garantido com Morfeu. Bom, talvez não funcione tanto assim, afinal de contas é uma hora da manhã e, depois de uma tentativa frustrada de pegar no sono, estou aqui.

*Agora sem os dois fios de cabelo branco pois eles cresceram e ficaram exageradamente antiestéticos. O que um ano não faz com uma pessoa, não?